Você já se sentiu sozinho mesmo cercado de gente? Ou já buscou momentos a sós que te trouxeram alívio, e não tristeza?
Apesar de parecerem semelhantes, solidão e solitude são vivências emocionais completamente diferentes — e entender essa diferença pode mudar a forma como você lida com o que sente. Isso porque a maneira como você interpreta estar só pode tanto te machucar quanto te gerar criar conexão consigo mesmo.
O peso da solidão: Quando a ausência se transforma em dor
A solidão dói porque ela representa uma ausência que não foi escolhida. É aquela sensação de desconexão, de invisibilidade, de estar no mundo sem se sentir parte dele. E o mais desafiador: você pode estar casado(a), ter filhos, amigos, colegas de trabalho… e ainda assim, se sentir profundamente sozinha(o).
A solidão não tem a ver com a presença de pessoas, mas com a qualidade dos vínculos que você construiu — inclusive com você mesmo. Ela aparece em momentos em que a vida parece seguir, mas você sente que ficou para trás. Quando as conversas parecem rasas, os encontros não fazem sentido, e o barulho à sua volta só evidencia o silêncio por dentro.
A solidão é emocional. E por isso, ela exige um olhar mais profundo. Não é algo que se resolve com distração — é algo que se dissolve com reconexão.
A leveza da solitude: O silêncio que conforta e reconecta
A solitude, por outro lado, é o oposto da solidão angustiante. É a experiência de estar só por escolha. É quando você se permite um tempo longe do barulho externo para se escutar com mais nitidez.
Na solitude, o silêncio não dói — ele acolhe. É um momento em que você se abastece emocionalmente, sem a cobrança de corresponder a ninguém. Você apenas existe. Sem pressa, sem ruído, sem máscaras.
A solitude é uma prática poderosa para quem vive em função dos outros o tempo todo. E talvez por isso tantas pessoas tenham medo dela — porque exige coragem para olhar para si com verdade. Mas quando essa prática se torna parte da sua rotina, ela fortalece a mente, acalma o corpo e nutre a alma.
E quando o vazio insiste em ficar? Como lidar com a solidão emocional?
Negar o que se sente só aumenta o buraco. Por isso, o primeiro passo é nomear: “Sim, estou me sentindo sozinha.” E tudo bem. Você não é a única.
A partir daí, buscar espaços de vínculo autêntico pode ser transformador. Mas é importante entender que não se trata de apenas estar com alguém, e sim de se permitir ser vista e ouvida com verdade.
A psicoterapia é esse espaço. Um lugar onde você pode entender de onde vem esse vazio e como ele se alimenta:
- Das suas crenças sobre si mesma?
- Da forma como aprendeu a se relacionar?
- De um padrão emocional que te afasta quando mais precisa de ajuda?
Tudo isso pode ser acolhido e ressignificado.
A ansiedade tem relação com tudo isso? Sim. E mais do que você imagina.
A ansiedade, muitas vezes, é a causa invisível por trás da solidão persistente. Mentes ansiosas tendem ao isolamento. O excesso de pensamentos, a dificuldade de confiar, o medo de julgamento — tudo isso afasta. E quanto mais distante dos outros, mais distante de si mesma você se sente.
Além disso, a ansiedade pode te convencer de que você não é suficiente, de que ninguém vai te entender, de que não vale a pena tentar. E essa distorção, se não for cuidado, te aprisiona em um ciclo: Você se sente sozinha(o) → Evita se conectar → Se sente ainda mais sozinha(o).
A boa notícia é que esse ciclo pode ser quebrado. Com consciência, cuidado e tratamento, é possível sair dessa prisão emocional.
Se isso está acontecendo com você…
Eu quero que saiba: existe um caminho possível. A dor da solidão não te define. Ela apenas revela que existe algo dentro pedindo presença, clareza, vínculo. É possível transformar esse sentimento em aprendizado, em força, em reconexão com quem você é. E se você quiser, eu posso te acompanhar nesse processo.
Através da avaliação diagnóstica e da psicoterapia, nós vamos juntas(o) identificar o que está por trás do que você sente, reconstruir esse vínculo consigo mesma e desenvolver as ferramentas para que você volte a se sentir presente, inteira e em paz. Entre em contato para agendar sua avaliação diagnóstica.
Você não precisa seguir lidando com tudo sozinho(a).
Um abraço,
Claudia Cruz
Psicóloga & Neuropsicóloga | Terapia Cognitivo Comportamental